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25/10/2023Uma pesquisa recente realizada pela organização Think Olga revelou que aproximadamente 45% das mulheres brasileiras enfrentam problemas como ansiedade, depressão ou outros transtornos mentais. O estudo, intitulado “Esgotadas”, envolveu a participação de 1.078 mulheres entre 18 e 65 anos, abrangendo todos os estados do país.
Os resultados mostraram que os sentimentos mais mencionados pelas participantes foram ansiedade (55%), estresse (49%), irritação (39%), exaustão (28%), baixa autoestima (28%) e tristeza (25%). A situação financeira apertada foi destacada como um dos principais fatores de insatisfação entre as mulheres, totalizando 48% das respostas. Além disso, 28% das participantes se declararam como a única ou principal provedora do seu lar. Dívidas, remuneração baixa e sobrecarga de trabalho também foram identificados como causas significativas de sofrimento.

De acordo com a psicóloga especialista em saúde mental feminina, Juliane Callegaro Borsa, a questão socioeconômica desempenha um papel crucial na saúde mental das mulheres. Ela ressaltou que a vulnerabilidade socioeconômica está diretamente relacionada à vulnerabilidade emocional e à saúde mental.
Borsa ainda mencionou que os diagnósticos de ansiedade ou depressão muitas vezes ignoram o contexto das experiências vividas pelas mulheres.
A pesquisa também revelou que o racismo é um dos fatores contribuintes para o adoecimento mental, com 54% das mulheres negras insatisfeitas ou extremamente insatisfeitas, em comparação com 39% das mulheres brancas.
No geral, 86% das mulheres brasileiras consideram-se sobrecarregadas de responsabilidades, e 48% enfrentam dificuldades financeiras. A situação é ainda mais evidente entre as mulheres de 36 a 55 anos, das quais 57% cuidam diretamente de alguém.