O Brasil se declarou um país livre de febre aftosa sem vacinação. O anúncio foi feito pelo vice-presidente Geraldo Alckmin em Brasília nesta quinta-feira (2).
Dessa forma, a imunização dos rebanhos foi suspensa em todas as unidades da federação.
Agora, o país buscará o reconhecimento deste status pela Organização Mundial de Saúde Animal, para sua carne ter acesso a mercados mais exigentes, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nesta quinta-feira.
O pedido será feito em agosto e deve valer a partir de maio de 2025, um ano antes da meta estabelecida pelo governo. Ao fazer a declaração, Alckmin ressaltou que, com o fim da vacinação, o país entra em um grupo de elite sanitária mundial, com possibilidade de ter acesso aos mercados de países como Japão e Coreia do Sul, que são mais exigentes e pagam melhores preços pela carne.
O dia de hoje marca o fim do ciclo de vacinação nos 13 estados que ainda faziam a imunização contra a aftosa, a maioria nas regiões Norte e Nordeste.
Os estados do Acre, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rondônia, bem como partes do Amazonas e Mato Grosso já têm o reconhecimento internacional da Omsa, e também não vacinam seus rebanhos.
Para conquistar o reconhecimento internacional, a Omsa exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados e regiões propostas por, pelo menos, 12 meses.
Dessa forma, a portaria publicada nesta quinta também frisa essa exigência, ao estabelecer restrições na movimentação de bovinos e bubalinos entre os estados que já tinham reconhecido o fim da doença e os que reconheceram apenas agora. Isso também vale para produtos obtidos a partir desses rebanhos.
Também fica proibido o armazenamento, a comercialização e o uso de vacinas nessas localidades.