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06/05/2024Mais da metade das cidades do Rio Grande do Sul estão oficialmente em calamidade pública, com decretos dos governos federal e do estado publicados nesse domingo (5). São 336 municípios listados com registros de mortes, destruição de rodovias e vias, imóveis e cortes de abastecimento em decorrência das maiores enchentes da história, devido às chuvas dos últimos 13 dias.

O estado tem 497 municípios. Entre os 336 listados no decreto de calamidade da União, está Porto Alegre.
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A capital é área mais atingida pela cheia do rio Guaíba. O número de mortes ainda é contabilizado, e a previsão é de mais chuvas na semana, apesar da trégua desse domingo em algumas regiões.
“Os eventos meteorológicos são considerados de grande intensidade, classificados como desastres de Nível III – caracterizado por danos e prejuízos elevados”, diz decreto 57.600, do governador Eduardo Leite (PSDB), publicado em edição extra do Diário Oficial do Rio Grande do Sul, nesse domingo (5).
No dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou o estado e ao lado do governador, Eduardo Leite (PSDB), prometeu destravar recursos e reforços para enfrentamento à tragédia, os governos bateram cabeça com os números de cidades a serem listadas. O estado editou decreto especificando cidades em situação de danos e prejuízos mais severos e que podem, no campo administrativo e operacional, enfrentar a tragédia, em condições especiais.
Foram 265 reconhecidas como calamidade — o Rio Grande do Sul está nessa classificação desde o dia 1º de maio. Número também reconhecido no decreto do governo federal públicado nesse domingo. Horas depois, um novo decreto elevou para 336 — o que representa 67,6% do total do estado.

Nessas cidades, contratos, gastos e procedimentos podem ser feitos de forma rápida, devido ao desastre natural. Esse nível considera perdas de vidas, material, ambiental e estrutural, como rodovias, redes de água, esgoto e energia — que podem ampliar os estragos gerados pelas chuva e enchentes.
Desastre histórico
As pancadas de chuva e os estragos começaram em 24 de abril e devem continuar nesta semana. Os chamados eventos climáticos extremos são “chuvas intensas, alagamentos, granizo, inundações, enxurradas e vendavais”.
Ao todo, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul lista 341 cidades afetadas pelas chuvas e enchentes. O número de municípios em calamidade pública estadual é menor. As prefeituras também decretam calamidade municipal.

No boletim das 18h de ontem da Defesa Civil estadual, 78 pessoas morreram e outros quatro óbitos estão em investigação. Há ainda 105 pessoas desaparecidas e 175 feridos.
Ao todo, 844,6 mil pessoas foram afetadas pela tragédia, segundo a Defesa Civil. São 115,8 mil moradores desalojados e 18,4 mil em abrigos.
Veja as 336 cidades em calamidade no RS na Portaria 1.379, publicada no Diário Oficial da União desse domingo.