Um estudo divulgado recentemente pela revista Lancet traz preocupantes projeções sobre o aumento das mortes relacionadas ao calor extremo. De acordo com o relatório, que contou com a participação de 52 instituições de pesquisa e agências da ONU, as mortes poderão aumentar quase cinco vezes até o ano de 2050.
O estudo prevê que os óbitos relacionados ao calor extremo aumentarão 4,7 vezes se a temperatura média subir 2º C em comparação com o período pré-industrial, até o final do século. Marina Romanello, diretora executiva do relatório, alerta que os efeitos já observados podem ser apenas um indício de um futuro perigoso.
Romanello ainda ressalta que as mudanças climáticas estão custando vidas e meios de subsistência em todo o mundo. O estudo revela um futuro preocupante, mostrando que os esforços de mitigação até agora têm sido insuficientes para proteger a saúde e a segurança das pessoas.
O documento também destaca que, mesmo em 2022, a população mundial já enfrentou 86 dias com temperaturas potencialmente fatais, alertando para a urgência de ações efetivas diante dessa ameaça crescente.