Professores da Universidade Federal do Pará (UFPA) decidiram em assembleia, realizada nesta segunda-feira, 08, entrar em greve a partir do próximo 15 de abril. O anúncio foi feito pela Associação de Docentes da Universidade Federal do Pará (Adufpa) através das redes sociais, marcando a posição da categoria frente às demandas salariais não atendidas pelo Governo Federal.
A reivindicação central da greve é um reajuste salarial que compense a perda de poder aquisitivo acumulada ao longo da última década, estimada em 60% pelos docentes. Em contraste com a proposta do governo, que prevê um aumento de 0% em 2024, seguido de dois incrementos de 4,5% para os anos subsequentes, os professores pedem um reajuste acumulado de 7,5% nos próximos três anos.
A decisão dos docentes da UFPA fortalece um movimento que já alcança outras instituições de ensino superior no Pará. Professores, técnicos e alunos do Instituto Federal do Pará (IFPA) também se mobilizaram em um ato conjunto, afirmado pela busca de melhorias nos seus direitos trabalhistas. A Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) informou que seus docentes votaram pela greve a partir de 1° de maio de 2024, enquanto a Universidade do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) aprovou um indicativo de greve a partir do dia 15 deste mês.