Endividamento registra queda em agosto, mas inadimplência sobe para 30%
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Os produtores rurais com algum compromisso financeiro em aberto, no mês de julho, somaram 28% do total. Pesquisa da Serasa Experian revela que entre o levantamento equivalente apurado em março deste ano, o nível de inadimplência ficou praticamente estável em julho, com alta de 1%.
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A apuração considerou as 27 unidades federativas do país. Por ser uma pesquisa que está apenas em sua segunda edição, não há comparativo anual . A metodologia levou em conta um universo de 15,1 milhões de produtores rurais constantes no Censo Agropecuário de 2017 do IBGE. Este procedimento identificou 5,1 milhões de estabelecimentos rurais e 15,1 milhões de produtores rurais, dentre os quais 10,1 milhões foram enquadrados como agricultores familiares. A população do estudo atual pode ser considerada, portanto, uma amostra dessa população de produtores rurais. Em estimativa livre – externa portanto a apuração da Serasa Experian – seriam aproximadamente 4,2 milhões de produtores com compromissos não quitados em julho. Os indicadores de inadimplência apresentados consideram todas as dívidas no mercado: com revendas de veículos, com uma cooperativa, frente ao cartão de crédito ou uma financeira, entre outras.
“Ainda que tenhamos uma fatia de produtores inadimplentes, esse número pode ser considerado baixo, pois quando comparamos com toda a população negativada, por exemplo, o índice chegou a 43,7% em julho deste ano”, argumenta o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta.
Fator idade
A julgar pelos dados do levantamento, a idade é um fator determinante sobre a negativação no campo. Os trabalhadores rurais que têm mais de 60 anos estão menos inadimplentes, com margem de 23,2% do total de produtores no campo. Já os que estão na faixa entre 18 e 25 anos marcaram níveis mais altos: são 47,2% do total. Confira no gráfico abaixo as informações completas:
Regiões do país
Na análise por região, é possível observar que a Sul registrou o menor nível de negativação, com apenas 15% dos trabalhadores do campo com nome no vermelho. Em sequência aparecem o Sudeste (24,6%), o Centro-Oeste (30,4%), o Nordeste (33,8%) e o Norte (40,1%). A visão por Unidades Federativas (UF) mostrou que é no Amapá o maior percentual de produtores rurais inadimplentes. Em contrapartida, o estado de Santa Catarina mostra o cenário mais positivo. Confira.
